Na reta final do atual mandato autárquico faço uma retrospectiva dos últimos quatro anos.
Efetivamente trata-se de um período histórico para a nossa freguesia.
Vejamos:
- Foi o último mandato em cenário de "autonomia" administrativa;
- O executivo da Freguesia governou sem maioria sem que a oposição lhe tivesse "cortado as pernas";
- Foi destituída a mesa da Assembleia e substituída por outra a meio do mandato;
- O público, estranhamente, nas primeiras assembleias, preferiu "dirigir-se" à oposição ao invés de se dirigir ao executivo;
- Os membros do PSD na Assembleia de Freguesia não produziram sequer uma única intervenção ao longo dos quatro anos;
- Foi o mandato de toda a história de Travanca em que a Junta de Freguesia menos investiu pois nem sequer as verbas auferidas da Câmara Municipal para investimento foram usadas para tal;
- O PSD afirmou saber fazer mas não soube "resolver" sendo exemplos concretos o encerramento do posto médico, o não terminar da 1ª fase de alargamento do cemitério e o consumo de eletricidade no edifício sede;
- Foi o mandato em que as associações da freguesia menos foram apoiadas, com corte de verbas mas principalmente com a falta de proximidade e apoio "moral" o que se refletiu numa decadência cultural, desportiva e recreativa (fim da Semana da Juventude, das marchas populares, dificuldades no grande prémio S. Martinho, associações amorfas, etc)
- Os funcionários operativos passaram o mandato quase na integra a limpar valetas quando têm qualidades e competências para mais;
- O PSD reclamou da dívida herdada mas prepara-se para deixar uma divida superior, das maiores da história na transição de mandatos.
Relativamente ao Posto Médico importa esclarecer que o executivo mentiu publicamente afirmando que a junta anterior sabia disso tendo ironicamente se desmentindo a si mesmo com as declarações prestadas na ultima sessão da Assembleia.
O Presidente da Junta de Freguesia cessante apesar de tudo continua a achar que fez um grande mandato, que fez mais obras que o executivo anterior só porque beneficiou 3 ou 4 ruas.
É certo que o muro na Rua de Santo António, a Rua de Clavel, a Rua do Outeiro e a Rua do Bairro foram intervenções importantes mas numa sociedade moderna continuar a pensar que alcatrão e betão é que definem um bom presidente é somente uma visão redutora e tacanha do real papel de qualquer autarca.
No entanto e porque o mesmo insistentemente acha que deixa mais obra que a junta anterior e que a sua máquina e camiões foram decisivos naquelas ruas a realidade que é visível no terreno é o facto de o anterior executivo e respectivo presidente não tendo máquina nem camiões até executou mais "estradas" que ele!!! Como sejam: Ruas: Manuel da Silva, Estrada Real, Liberdade, Sr. Alves, Sanfins, Monte de Além, Igreja, António Pinho, da Cal, do Alto Carvalhal e Travessas da Cal e do Sobreiral. O alargamento do cemitério, o relvado sintético no polidesportivo, as rampas para deficientes juntamente com a caixa multibanco no edifício da junta, o apoio incondicional à cultura,desporto e recreio, a resolução do Nó da EN224, as passagens de nível da REFER,etc foram marcas deixadas pelo executivo anterior, continuando a não ter máquina nem camiões, e que ficam na história.
Que marcas deixa a última Junta de Freguesia de Freguesia além daquelas 3 ou 4 ruas e uma placa nos balneários do polidesportivo?
Não obstante tudo isto o actual presidente da junta de Travanca apresenta-se como cabeça de lista do PSD à União de Freguesias do Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz algo que se afigura estranho quando o mesmo se lamentou inumeras vezes e em diversos locais afirmando estar "farto" e querer "ir embora" e quando preferia "unir" a Oliveira de Azeméis e disso fez questão de tornar público. Porque será?
Este mandato foi, sem qualquer dúvida, Histórico!
Venha o próximo...!
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